Por Joclau
Acabei de ler a
entrevista que o Deputado Marco Feliciano deu a revista Veja, uma entrevista
sincera de um parlamentar que responde todas indagações, e não foge ao debate.
O Pastor Feliciano é um homem de fé, a
entrevista deve ser lida para ser um ponto de debate. Ele defende suas posições, baseada na fé, e no
direito da pessoa humana. Defende que a comissão de direitos humanos da Câmara
Federal seja para todos, não só para um grupinho. Ele mostra como manipularam sua
resposta a respeito do racismo e Questiona:
"os brasileiros presos no
exterior por estarem ilegais. Ninguém pergunta pelos direitos deles". Precisamos debater os problemas da sociedade
sem os "ismos", assim teremos um debate democrático e do verdadeiro direitos Humanos. Leia a
entrevista:
O senhor disse
em plenário viver um “tempo de caça às bruxas” sobre questões
homossexuais. Acha que o Congresso representa todos os setores da
sociedade brasileira?
Não temos democracia aqui. A
democracia só funciona para uma parte desse grupo que se diz minoria.
Minoria, entretanto, é quem não tem vez, não tem voz, não tem acesso a trabalho ,
não consegue estudar. Onde o grupo LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e
transexuais) se encaixa nisso? Eles se escondem atrás de um rótulo de
minoria, não para buscar direitos, mas privilégios.
Mas eles não têm direito a defender as causas que considerem adequadas?
Mas eles não têm direito a defender as causas que considerem adequadas?
Entre
os projetos de lei que eles querem ver aprovados está a instituição de
cotas dentro das universidades públicas. Se não começar a segurar um
pouco esse tipo de iniciativa gay, em breve não haverá mais controle.
Daqui a pouco vão criar dentro do Brasil uma nova raça, uma raça superior.
O senhor já foi acusado de racismo.
O senhor já foi acusado de racismo.
Houve uma polêmica com a cantora Preta Gil, que não fui eu que comecei [o deputado Jair Bolsonaro disse ao programa
humorístico CQC que seus filhos não namorariam negros porque não haviam
sido criados em um “ambiente de promiscuidade”]. Um ativista do
movimento negro me provocou e perguntou o que eu achava. Disse que
repousava sobre o continente africano, até na África do Sul, com
população branca, uma maldição patriarcal. Mas repare no meu cabelo.
Somos todos descendentes de negros.
Não acha que suas posições religiosas comprometeriam suas funções na Comissão de Direitos Humanos?
Não acha que suas posições religiosas comprometeriam suas funções na Comissão de Direitos Humanos?
A
comissão discute exatamente como garantir melhores condições para
setores considerados excluídos. Existe um protecionismo exacerbado com o
movimento LGBT. O medo deles é que eu comece a revirar a caixa de
Pandora e ver onde as verbas foram investidas, se houve direcionamento.
Não tenho problemas em discutir assuntos ligados à homossexualidade.
Eles é que não dão direito ao contraditório. Não os xingo de nenhuma
palavra. As palavras obscurantista, fundamentalista e desgraçado foram
usadas por eles contra mim.
O senhor não acha que os homossexuais sofrem perseguição?
Quando
homossexuais são feridos, mortos ou quando sofrem qualquer tipo de
preconceito, aí é uma questão de direitos humanos. Mas também me
preocupo, por exemplo, com os brasileiros presos no exterior por estarem
ilegais. Ninguém pergunta pelos direitos deles.
Mas o senhor fala em medo da causa gay? Nosso medo é só esse: união homossexual não é normal. O reto não foi feito para ser penetrado. Não haveria condição de dar sequência à nossa raça. Agora, o que se faz dentro de quatro paredes não me diz respeito.
Medo de quê?
Mas o senhor fala em medo da causa gay? Nosso medo é só esse: união homossexual não é normal. O reto não foi feito para ser penetrado. Não haveria condição de dar sequência à nossa raça. Agora, o que se faz dentro de quatro paredes não me diz respeito.
Medo de quê?
Deveria haver posições menos radicais na comunidade LGBT. Os gays destroem qualquer pessoa que se levante contra eles.
Por que o senhor apresentou um projeto para sustar a decisão do STF favorável à união civil de homossexuais?
Por que o senhor apresentou um projeto para sustar a decisão do STF favorável à união civil de homossexuais?
O
casamento gay fere os direitos da Igreja. Apresentei uma proposta de
plebiscito sobre a união civil. Pergunte se o grupo de direitos dos gays
aceitou. Por que não posso defender o meu plebiscito? Falo por
parábolas: certa vez havia animais correndo de um fogo na floresta e um
beija-flor trazia uma gota d’água no bico e ia tentar apagar o fogo.
Faço a minha parte. Nosso país é conservador.
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